quinta-feira, 2 de maio de 2013

As Manas Lousadas

  
          As duas manas lousadas
           Na cidade tinham fama
           As suas linguas danadas
           Ofendiam qualquer dama,

           Andavam de casa em casa
           Metiam-se na vida alheia
           Casa que não tinha brasa
           Era sempre casa cheia.

          Em Oliveira eram elas
          Que espalhavam todo mal
          Temiam a lingua delas
          Não havia coisa igual,

         Até o Padre Soeiro
        Sempre com seu humorismo
         Dizia sempre primeiro
        Mas que grande fanatismo.

       Tecedeiras de intrigas
       Na desditosa cidade
       Não gostavam de amigas
       Só adoravam maldade,

      Um dia em casa do Fidalgo
      Estavam todos reunidos
      Os amigos de D. Gonçálo
      Eram todos muito unidos.

     E através das janelas
     Alguém bispou as Lousadas
     E. gritou lá vêm elas
     Vêm p.ra cá as ousadas.

    E bruscamente Barrolo
    Com um brado de terror
    Vamos ficar feitos num bolo
    E fugiram com pavor.

   Fizeram tal confusão
  Tropeçáram na Gracinha
  Que vinha para o salão
  Trazendo a bebidinha.

  Então Titó e Gouveia
  Gritam-lhe esconde as sangrias
   Senão fica a coisa feia
   E só nos traz arrelias.

  A Gracinha atarantada
  Lá conseguiu disfarçar
  Direita resebe as Lousadas
 Mas com vontade de chorar,

 As Lousadas erm as primeiras
 Afazer historias inibidas
 De vinhaça e bebedeiras
 Se descortinassem as bebidas.

A história não acaba aqui
 Ela vai continuar
Nos trabalhos da U.T.I.
Por agora vai parar.

                     Maria Piedade

1 comentário:

  1. Ai sim?!

    Foi depois de lhes ter dado a síncope do "L"que as manas Lousadas se fizeram tão ousadas...

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