Poemas da Seara da Vida
O mês de Maio
Mês de Maio. Mês do Amor
Serves de bela moldura
Essa beleza e frescor
A tudo imprime doçura.
Passarinhos a cantar
A louvar o novo dia
Vamos também nós louvar
O Santo Nome de Maria.
Quando chega o fim de Maio
Fica a Natureza aos brados
Pára de cantar o Gaio
Morrem os lírios nos prados
Do seu Sol vivificante
Onde esvoaça a andorinha
Maio como és deslumbrante
Como és bonito á tardinha.
Maio se afasta imponente
Entre gestos de alegria
Para sempre. Eternamente
Connosco fica Maria.
Maria da Piedade
A linguagem das flores
As rosas são as mais belas
Exalam o seu perfume
Lembram as castas donzelas
De olhos cheios de ciúme.
Malvas. Rosas trepadeiras
É a juventude em flor
São como meninas solteiras
Que se enleiam no amor.
Os humildes malmequeres
Até se dão nos valados
Dão-se todos ás mulheres
Para serem desfolhados.
Os cravos têm sua beleza
São o símbolo da liberdade
Ser livre – eis a riqueza
P'ró homem de qualquer idade
A delicada gipsofila
Lembra um bando de crianças
Quando na rua em fila
Trazem-me gratas lembranças
Temos as flores silvestres
Plantadas p'la mão de Deus
Em qualquer terreno agreste
Nascem e sorriem aos céus
A Deus Pai devemos dar
Muitas garças pelo bem
Desta alegria sem par
Que é a Natureza Mãe.
Maria da Piedade
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